segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Recordar é Viver

Recordar a gente boa que fez parte da história da nossa Aldeia

A nossa vida é tão curta que a única coisa que vale a pena é a amizade, o reconhecimento, a solidariedade. Como dizia F. Pessoa, o Homem não passa de um simples “cadáver adiado que procria…”.
Recordar as pessoas que já faleceram é, quanto a mim, um dever moral de quem ainda cá anda.

As pessoas da nossa aldeia que já faleceram foram sendo esquecidas. E revivem apenas quando se fala nelas.

Mas que melhor forma de reviverem senão esta de as perpetuar pela sua imagem ou escrita? Se não fosse esta forma de sobreviver chamada imagem ou escrita, alguém sabia o que sabe de tantas pessoas da nossa história?

Camões ainda não “faleceu” porquê? Porque se escreveu sobre ele. E se guardaram os escritos.

Está na hora de dar (vida) a estas gentes que fizeram parte da história desta nossa aldeia. Biografar os nossos antepassados. Deixar-lhes o retrato vivo daquilo que foram.

E por que razão é que eu assim penso?

Porque não vejo outra forma de “prolongarmos” a vida, que, insisto, é curta demais, mesmo que se vá até aos cem anos. Quanto mais, quando a morte nos leva no cume das nossas potencialidades…

Continuo a solicitar a quem estiver interessado em publicar textos, fotos, objectos relacionados com a nossa Aldeia ou de interesse geral, que podem fazê-lo livremente enviando-os para o meu endereço de correio electrónico: mailto:trajinha@gmail.com

- Esta minha foto é uma das muitas recordações da minha juventude.
Da direita para a esquerda está o Ti Manuel Manso (falecido), Fernando (Aldeia Rica), Vítor (eu) e o Jorge (Velosa), e ainda falta o fotografo que foi o Quim da (Alice). Esta foto representa um belo Domingo de pesca no Rio Mondego, (Junto da Ponte de Ladrão. Era com muita frequência que nos juntava – monos aos Domingos para as nossas pescarias, mas ao final do dia o que levava-mos para casa era uma borracheira.
Pois pesca de sem um farnel e um bom garrafão de vinho, já não era pesca.
As nossas deslocações eram feitas de motorizadas, ora por alcatrão ora por caminhos velhos ou atalhos. Ao olhar para esta foto traz-me muitas boas recordações de esses tempos, e de um Grande Homem e Amigo que já não se encontra entre nós que era o Ti Manuel Manso. Homem este que também fez parte da minha juventude, e que nos acompanhou nos bons e maus momentos.

- Na foto acima estão os meus avós maternos (já falecidos) José Cláudio e Francisca Clara, no dia do casamento dos meus Pais. Foi com estes meus avós que eu e os meus irmãos vivemos os primeiros anos de vida, já que éramos os únicos netos que eles tinham. A eles agradeço, em parte, aquilo que eu hoje sou. Que Deus os tenha em descanso.


- Nesta fotografia pode-se visualizar vários habitantes da aldeia (sendo que a maioria já não se encontram ente nós), num dia de labuta designada de arranca das batatas, na regada do meu avó Zé da Granja, já à uns bons anos. Naquele tempo como ainda acontece hoje em dia com alguma frequência, ajuntavam-se varias pessoas da família e amigos para os trabalhos mais difíceis e pesados como na arranca das batatas, na ceifa, na malha, na vindima etc. era um trabalho de entre ajuda entre a população.

Na foto estão as seguintes pessoas: o mais pequeno sou eu (Vítor), a seguir está o meu pai (António mais conhecido por Toninho), de seguida esta o Ti Zé Loureiro, o meu avo (falecido) Zé Cláudio, de seguida estão também (os falecidos) Ti Eduardo, Ti Luís Nunes e Ti Messias, ao fundo junto ás videiras estão os meus avós Zé da Granja e Maria de Lurdes.

- Nas fotografias abaixo colocadas podemos visualizar e recordar a Ti Conceição, esposa do também falecido Ti Francisco Alberto. Estas 2 fotografias foram gentilmente cedidas pela neta Elisabete Martins, onde também ela está numas das fotos com a avó Conceição.

Pois eu ainda me recordo bem deste casal (Conceição e Francisco), ainda me lembro quando íamos à loja da Ti Conceição beber umas gasosas ou laranjadas. Na loja (adega) ela vendia algumas bebidas e fazia também revenda de pão.


quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Saberes & Sabores.




Marmelada! Não precisa de definição, todos sabem o que é, e todos gostam.

Chegados ao Outono há que conservar frutos para o Inverno. São inúmeras as formas de o fazer: em doces, compotas, geleias, conservas em vinagre, azeite, em salmoura...

É da sabedoria popular que nos chegam até hoje formas de aproveitamento de frutos tidos como pobres e que se transformam em verdadeiros ícones da cozinha tradicional.
Os marmelos foram e ainda o são, nas zonas rurais, frutos esquecidos. Os marmeleiros eram plantados não pelo seu fruto, mas sim com árvore que servia de vedação e marco de propriedade. Ramificam-se muito na base e por isso criam limites nos campos agrícolas. O fruto amadurece, cai e apodrece no chão.
Provavelmente e de forma a dar a volta em tempos de dificuldades económicas e fome, as gentes rurais aproveitavam estes frutos, deixados ao abandono e de sabor um pouco acre, para confeccionar com açúcar, um produto energético e que duraria para o inverno. Outras marmeladas poderiam ser feitas, mas outros frutos seriam mais caros.
Para aumentar o aproveitamento do fruto, ainda se faz geleia com as cascas e sementes – ricas em pectina.

A maçã, os marmelos, os citrinos, são ricas em pectina, um glícido (polissacarídeo) ramificado natural que gelifica os sumos. Quanto mais verde estiver o fruto mais rico é em pectina.

Os marmelos são frutos (botanicamente falando não são verdadeiros frutos, mas isso é outra história) lindos e rijos, e em marmelada resultam em algo verdadeiramente bom, daí toda a conotação íntima com o fruto.

E não se pense que marmelos só servem para marmelada, porque as tartes de marmelo são divinais, os marmelos assados são deliciosos e acompanham muito bem uma carne assada.

Há marmelada à venda em todos os supermercados, mas não se compara à caseira, vale a pena fazer. É comer uma fatia de marmelada com queijo (Romeu e Julieta) e vê-se logo a diferença. Já com a goiabada, de que sou fã incondicional, acho que a de compra é melhor.

Cada um de nós tem a receita de marmelada e de geleia que era da avó, da tia, da mãe, há até receitas conventuais. Algumas são mais demoradas, outras mais rápidas, algumas resultam em marmeladas claras, outras em escuras.
Eu por aqui prefiro a marmelada escura e a receita que uso é bem rápida.

Lavo muito bem os marmelos, eliminando algum toque na pele, mas não os descasco, apenas o parto em 4 e retiro as sementes. Estas serviram para a geleia.
A receita original pede 1kg de açúcar para cada kg de fruta, mas costumo roubar um pouco no açúcar, tal como indicações originais. Pergunto-me se quem inventou a receita alguma vez usou a mesma quantidade de fruta: açúcar.
A vantagem de usar grande quantidade de açúcar é a preservação. Ganhará menos bolor, pois o alto teor de açúcar evita a sua formação.
Para evitar que ganhe bolor é normal, no fim da marmelada fria, verter álcool etílico, aguardente, ou equivalente no topo e cobrir com uma rodela de papel vegetal à medida. Ou então congelar, é bastante mais fácil e eficaz.

Ninguém faz marmelada para si só, a marmelada é mais um doce é o espírito de partilha, dar e receber. Aos amigos e familiares o único "v de volta" que a marmelada tem é a taça!

INGREDIENTES
1kg de marmelos sem sementes mas com casca
1kg de açúcar branco (reduzir 10 a 20% relativo ao peso do fruto)
0,5dl de água

PREPARAÇÃO
Lavar os marmelos, cortá-los em 4 e retirar as sementes (reservar). Partir cada quarto de marmelo em 2-3 bocados e colocar na panela de pressão, juntamente com o açúcar e a água.
Levar ao lume forte, mexendo com a colher de pau, até que se crie humidade no fundo e o açúcar comece a derreter. Envolve-se bem, tapa-se a panela e deixa-se levantar fervura. Ferver 15min. em lume médio e desligar. Deixar sair a pressão sem a retirar.

Triturar a marmelada a gosto.
Com uma concha colocar a marmelada em taças.

NOTAS, MAS NÃO MENOS IMPORTANTES
- A marmelada pode ser aromatizada com 1-2 colheres (sopa) de sumo de limão;
- Deve ser usado uma quantidade equivalente de marmelos maduros e verdes, pois estes têm mais pectina, gelificando a marmelada;
- Cuidado com o volume na panela de pressão, por exemplo na minha faço o máximo de 1,5kg de fruto com 1,2kg de açúcar, pois quando ferve pode salpicar calda de açúcar quente pelo pipo da panela;
- Ao triturar pode-se decidir a textura final, mais macia ou mais granulosa;
- Pode ser colocada em caixas plásticas, pois como têm tampa, será mais fácil armazenar. Apenas se deve ter o cuidado de verificar se o plástico aguenta alimento muito quentes, ou esperar um pouco, para que arrefeça antes de a colocar;
- Para evitar que ganhe bolor, mesmo em condições herméticas, a marmelada pode ser congelada no próprio recipiente, pelo que deve ser escolhido, por exemplo um de plástico com tampa.





Depois da Marmelada vem a Geleia de marmelo.

A geleia para além de poder ser consumida em tostas ou outros, pode ser usada para pincelar tartes de fruta, conferindo-lhes um aspecto brilhante de pastelaria.
Tem uma textura totalmente diferente da marmelada, daí o seu nome, tem textura de gel, é translúcida e aromática. Esta textura é devida à pectina.

A pectina é um glícido (polissacarídeo) que existe em determinados frutos, os marmelos têm-no, as maçãs, bem como os citrinos. A pectina existe junto com as sementes e é removida fervendo estes "caroços" em água. Esta solução é coada e ferve-se com açúcar.

Para que a geleia leve menos açúcar ferva menos tempo, seja coada mais rapidamente (na geleia tradicional a fruta fervida fica a coar num pano de malha média, pendurado de um dia para o outro) e por isso conserve mais sabor, usa-se pectina natural (de maçã) para gelificar estes sucos, formando geleia.


GELEIA DE MARMELO

INGREDIENTES
cascas e sementes de marmelos
água para cobrir as cascas
açúcar em igual peso ao volume.

PREPARAÇÃO
Leva-se a ferver cerca de 30min. (15min. na panela de pressão) as cascas e as sementes dos marmelos, em água suficiente para as cobrir.
Retira-se e côa-se num passador de rede metálica, fazendo pressão com a colher de pau para extrair todo o suco gelatinoso das cascas.
Mede-se o volume obtido e mistura-se com o peso equivalente em açúcar e a pectina necessária (seguir as instruções da embalagem).
Ferve 4-5min. e coloca-se em frascos esterilizados com tampas metálicas. Tapam-se de imediato e viram-se com a tampa para baixo.

Quando frios, pode-se voltar.

NOTAS, MAS NÃO MENOS IMPORTANTES

- Os frascos podem ser esterilizados na panela de pressão, fervendo-os numa panela normal, no forno ou microondas (bastante mais prático - no entanto as tampas metálicas não podem ir, mas fervem-se à parte).


INGREDIENTES
1.200kg de abóbora aos cubinhos
800grs de açucar amarelo
1 casca de laranja
2 paus de canela e nozes a gosto

PREPARAÇÃO:
Colocar num tacho camadas de abóbora e açúcar, os paus de canela e a casca de laranja. Deixar cozer em lume brando cerca de 1hora. Retirar os paus de canela e a casca de laranja e triturar grosseiramente a abóbora. Deixar levantar fervura e adicionar as nozes grosseiramente partidas. Deixar apurar mais 45minutos a 1hora. Dividir por frasquinhos bem lavados e bem secos. Deixar arrefecer à temperatura ambiente. Em princípio só precisa de frigorífico se não for consumido em breve.
Bom apetite, que estes pitéus sabem tão bem com este tempo frio.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Estamos cada vez mais pobres!!!!

Caros amigos (as) introdução de portagens nas auto-estradas sem custo para o utilizador (Scut) arranca já dia 15 de Outubro, nomeadamente nas Scut Norte Litoral, Grande Porto e Costa da Prata. Foi aprovado em Conselho de Ministros as regras... de implementação do regime de cobrança, assim como o princípio de descriminação positiva para os residentes locais.

Nas Scut Interior Norte, Beiras Litoral e Alta, Beira Interior e Algarve, o pagamento de portagens dará inicio até ao dia 15 de Abril de 2011.

Os utilizadores locais das regiões mais desfavorecidas e as empresas locais, beneficiam de um sistema misto de isenções de pagamento e descontos. Ou seja, nas dez utilizações mensais a passagem é gratuita e nas restantes, os moradores ganham um desconto de 15 por cento. É ainda fixado um regime transitório de isenções para os residentes e para as empresas com sede em conselhos a menos de 10 km da auto-estrada (no caso Scut Norte Litoral, Grande Porto e Costa da Prata) e concelhos inseridos a menos de 20 km no caso das Scut Interior Norte, Beiras Litoral e Alta, Beira Interior e Algarve.

Eu pessoalmente não sou de acordo com a implementação de portagens nas Scut’s "Sem Custo para os Utilizadores", da A23 e A25, não apenas por nos servirem mas porque nos encontramos numa zona desfavorecida ao contrário das grandes cidades do Litoral, ao contrário delas estas vias são aquelas que nos permitem deslocar de forma cómoda e segura não pondo em causa a nossa segurança e as dos outros, e não tendo também estradas alternativas a estas, para podermos circular sem ter que pagar mais um “imposto” a juntar a tantos outros.


Quando se deviam promover a fixação de pessoas e o desenvolvimento do interior aplicam-se medidas como esta das Scut's. Dos 914 km de auto-estradas em regime Scut, cerca de 55% situam-se no interior, atravessando concelhos cujo nível de desenvolvimento não justificaria o seu pagamento pelos utilizadores digo eu!!!!!!!!!

sábado, 11 de setembro de 2010

Recordar o Chiar dos Carros de Bois Carregado

Desde o neolítico até ao fim do século XX os carros de bois eram usados como meio de transporte para cargas pesadas, nesta terra. O feno, as batatas, o pão e todas as colheitas vinham para as aldeias ao som característico que tornava os agricultores

Não sabemos quando começaram a ser utilizados nesta faixa de terra. Mas, desde que vimos os filmes sobre Júlio César, sabemos que os Romanos usavam carros de bois, para transportar cargas mais pesadas. Na aldeia, lugar resistente às grandes revoluções, os tractores só no fim do passado milénio terão substituído por cavalos de tracção a força dos animais domesticados pelo homem. Durante mais de dois mil anos as colheitas tinham o ressoar de uma carga transportada com esforço. Era costume, em certas aldeias, apertar o eixo, pouco antes de chegar à aldeia, para fazer chiar o carro. Assim demonstrava-se a todos que era grande a colheita, bom o agricultor, enorme a carrada e a fome havia de ficar só para os “laratos” (nome dado aos preguiçosos) durante o Inverno. A fricção, de demasiado apertada, ou prolongada, podia fazer incendiar toda a carga. Era um risco que corriam, calculado com alguma temeridade. Antigamente toda a gente da aldeia tinha carros. Os meus pais também tínham um. Com os carros transportava-se o estrume para as terras, as batatas na arranca, os molhos das cearas para as laigas, o feno para os animais e todos os frutos do trabalho do campo. Trazer uma grande carrada e saber carregar muito um carro, puxado por bois ou vacas, era a proa de muitos agricultores. Para os animais puxarem aos carros, lavrarem e fazerem todos serviços que hoje fazem os tractores, tinham que ser amansados. Alguns eram mais resistentes, outros metiam a cabeça no jugo com mais facilidade. Era um trabalho feito com temeridade. Os animais eram domesticados à força de muita “porrada”. Depois, ou ficavam mansos, ou eram declarados irremediavelmente bravos. Sendo esse o caso, encurtavam, normalmente, a distância de tempo que os separava da próxima feira, ou do matadouro. “Para amansar tem que ser com uma cria mansa, se não, não dá. A mansa pegava na brava. Hoje, “tudo mudou”. Não é que sejam tempos mais fáceis estes, são é muito diferentes.


Vacas "Jarmelistas" antigas vacas de trabalho.

A Vaca “Jarmelista” é uma raça autóctone. A sua história perde-se nos tempos, mas parece haver consenso que derivou do mirandês. “O mirandês veio da zona de Miranda do Douro, estendeu-se por toda da zona da raia, chegou ao alentejo e até à zona de Lisboa, é a raça mais expandida em termos nacionais. Era uma vaca de trabalho, mas aqui nesta zona foi seleccionada, ao longo de bastantes anos, também para o leite.
Porque há uns anos atrás ainda não havia aquelas vacas pretas e brancas, e como não havia tractores ela era utilizada como força de trabalho.

Foi igualmente seleccionada no sentido de dar cada vez mais leite para a produção, o que, inadvertidamente, deu origem a uma sub-raça da mirandesa”, explica António Cerca, criador de vaca e vitela mirandesa. A jarmelista era uma vaca grande, sempre do tamanho das maiores mirandesas, normalmente não tinha os chifres certos, o que também acontece na mirandesa, mas nesta raça são excepções, e o que mais a distinguia era a produção leiteira, explica. Este engenheiro zootécnico utiliza os verbos no passado porque é de opinião que a raça jarmelista está extinta.
Extinta? Em vias de extinção? Fazem-se esforços para salvar o que há para salvar.


Vacas de raça Turina "Frísia"

A raça nacional para a produção de leite
A expansão da raça em Portugal acompanhou a evolução do consumo de leite no nosso país, estando a produção de leite assente essencialmente em animais desta raça.
O Livro Genealógico Português da Raça Bovina Frísia foi instituído em 1959, enquanto o contraste leiteiro se iniciou de forma organizada em 1960.

O aumento do nível de vida dos portugueses a partir dos anos sessenta, bem como a melhoria das condições higieno - sanitárias na produção e transformação do leite e seus derivados, fez disparar o consumo de leite no nosso país. A acompanhar este incremento na produção e consumo de leite, o número de animais Frísios também aumentou, substituindo nalguns casos as raças autóctones tradicionalmente utilizadas para a produção de leite, e disseminando-se por todo o território nacional, estendendo-se mesmo a regiões que tradicionalmente não eram consideradas como de produção bovina leiteira.

Nos últimos trinta anos, além do aumento do efectivo frísio, deu-se também uma evolução genética sem precedentes da raça com a holsteinização dos efectivos nacionais, fruto da introdução de novas tecnologias como a inseminação artificial nos anos 70 e mais recentemente com os transplantes de embriões. Outro factor que contribuiu para a holsteinização dos bovinos Frísios no nosso país, foram os abates sanitários devido à Peripneumonia Contagiosa dos Bovinos, e a consequente importação em grande número de animais provenientes da Holanda, França, Alemanha e Dinamarca.

Características

Os animais desta raça possuem uma morfologia nitidamente de aptidão leiteira, facilmente observado no grande desenvolvimento do sistema mamário e com uma capacidade corporal que lhe permite consumir grandes quantidades de forragem e valoriza-la.
A vaca Holstein Frisia é um animal precoce de grande corpulência, podendo atingir 1.54 m de altura à garupa e pesar 600 a 700 Kg.. Tem como característica o facto de possuir malhas pretas e brancas, que em alguns caso poderão ser vermelhas e brancas devido a um gene recessivo.
A cabeça destes animais é comprida e dolicocéfala, com os olhos bem aflorados e o focinho largo. O pescoço é comprido e delgado, sendo a barbela pequena, o peito largo e as costelas arqueadas e profundas. A garupa é larga com os ossos ilíacos bastante salientes. O úbere é volumoso com ligamentos fortes e a pele macia e fina, coberta de pelos sedosos e curtos.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Banda Jackpot - Um Fenómeno Musical

Banda Jackpot. Quem São eles!!!!!!!!!!!!

A Banda Jackpot é o Maior grupo musical do Distrito da Guarda e arredores.
Banda esta que anima as noites dos jovens e não só. Alguns elementos deste grupo fizeram parte do Duo musical “POLY – STAR”. Quem não se lembra deles?
Para os mais esquecidos vamos recuar 10 anos no tempo. Foi a 19 de Agosto do ano 2000, que eles actuaram pela última vez na nossa terra. Isto foi na última festa realizada na aldeia.
http://trajinha-sempre-no-coracao.blogspot.com/2010/07/agosto-mes-das-festas-e-dos-emigrantes.html

Duo este que eu vi actuar pela 1ª vez na localidade de Aldeia Rica, isto já foi à uns bons anos. Desde esse dia nunca mais perdi (ou tentei) não perder baile nenhum.
Já nessa altura (como hoje) traziam multidões de jovens atrás deles. Já na altura faziam parte o Sr. Tony (Guitarra) Pedro (Teclas e Voz) e Diana (voz).

PEDRO & DIANA são dois irmãos que cresceram a ouvir o pai cantar e vem daí o seu interesse pela música.
Pedro, como irmão mais velho, começou mais cedo a tocar, fazendo-o desde pequenino. A Diana demonstrou a sua paixão pela música também desde pequena, em que qualquer objecto servia de microfone que arrastava consigo sempre de um lado para o outro a cantar.


Pedro começou por incentivar a Diana a cantar enquanto ele tocava e por brincadeira assim começaram a tocar e cantar juntos, até que mais tarde foram convidados para cantar e animar uma festa sendo esta a origem do primeiro grupo formado pelos dois irmãos que o apelidaram de “POLY – STAR”. Desde então não pararam mais, cantaram e animaram centenas de festas na zona da Guarda durante cerca de 6 anos, até que numa dessas festas que participavam, aquele que veio a ser o produtor da dupla PEDRO & DIANA, de seu nome José Félix, ouviu os “POLY – STAR” e gostou do que ouviu, convidando-os posteriormente para fazerem parte dos “TABU” que iria a ser formado pelo Pedro, Diana e Roger. Esta nova etapa, abraçada pelos dois irmãos viria a ser o seu primeiro contacto a nível profissional com a música onde adquiriram experiência para enfrentar um público de maiores dimensões e mais exigente.

Em 2001, gravaram o 1º CD que teve bastante êxito, dando assim continuidade para o ano de 2002 em que lançaram o 2º CD. Estes dois CD´s tiveram uma boa aceitação por parte do público por ter uma mistura de vários estilos musicais e fizeram com que percorressem Portugal de norte a sul e visitassem as comunidades Portuguesas do Luxemburgo, Suíça, França, Macau, etc.

Em 2003, Pedro e Diana juntamente com o produtor resolveram dissolver os “TABU” e ficares sós como sempre o fizeram desde crianças. Gravaram um novo CD, com estilo de música diferente onde permaneceu a animação, com maior elaboração, mais maduro, gravado com instrumentos musicais ao vivo etc.…Nesta nova fase, os dois irmãos tiveram um ano bastante agradável novamente com espectáculos por todo o país e estrangeiro, bem como experiências novas, como por exemplo a gravação de uns temas lindíssimos gravados em conjunto com as “TAYTI” dedicados a todas as mamãs, papás e também ao Natal.
Em 2004, como todos os anos, PEDRO & DIANA lançam mais um CD, este último intitulado “10 Beijos”.



Em 2005 lancaram a Banda Jackpo, banda esta que viria mudar as noites de Fim-de-Semana.
Já passaram 5 anos! Agora venham mais 5.


Para onde fossem os “POLY – STAR” “TABU” ou o PEDRO & DIANA, lá íamos nós atrás, como acontece hoje com a Banda Jackpot.
Pois é hoje em dia um fim-de-semana sem Banda Jackpot, já não é fim-de-semana.•
Eu pessoalmente por motivos profissionais já não os acompanho como gostaria.
Sempre que posso acompanho a Banda.
Quando não posso vejo as novidades através do site
http://www.bandajackpot.com/

O Que Dizem os Midia:

Jovens seguem grupo Jackpot para todo o lado.

Chama-se Jackpot, mas não dá milhões. Dá sim chupa-chupas durante o espectáculo e muita música para dançar. Trata-se nada mais, nada menos do grupo de baile do momento.•
É quase caso para dizer que não há Festa ou Romaria que se preze se não tiver a actuação do Grupo Jackpot, da Guarda. Caracterizado por muitos dos seus fãs como “o fenómeno musical do momento”, o grupo de baile Jackpot tem vindo a ganhar cada vez mais seguidores. O termo é mesmo este, uma vez que muitos dos fãs não perdem um concerto da Banda desde que começou, há precisamente cinco anos.

“Temos pessoas que se conheceram nos espectáculos, já casaram entretanto e tiveram filhos”, explica Pedro Monteiro, teclista e vocalista do Jackpot. Reconhece a popularidade do Grupo, mas ao certo não sabe dizer qual a razão de todo este sucesso. “Reconhecemos muitas caras que nos acompanham por todo o lado e são todos muito jovens, talvez seja esta uma das razões”, afirma. Quando o Jackpot sobe ao palco, é sempre sinónimo de casa (praça) cheia. Diana Monteiro, a cara mais conhecida da banda, admira esta “dedicação dos admiradores” e afirma até “eu não sei se faria isso por uma banda que gostasse”.


O Grupo procura inovar em cada espectáculo e também estar actualizado no que se refere às músicas apresentadas, bem como ao material necessário para que o espectáculo seja um sucesso. “Como somos repetentes, ano após ano, em muitas localidades e para que as pessoas não se fartem de nós (risos), tentamos fazer diferente de ano para ano”. Diferente também o facto de a Banda já ter habituado os seus fãs a distribuir chupa-chupas durante o espectáculo. “Começou por uma brincadeira, já tentámos acabar, mas fomos logo questionados sobre isso e portanto temos de continuar a adoçar o nosso público”, explicou Diana Monteiro.


Apesar de muito requisitados, Diana e Pedro, não têm manias de vedetas e dizem que a única coisa que exigem da organização é um bom palco e um eficaz sistema de energia. “Temos o cuidado em exigir o necessário para um bom espectáculo”, explica o vocalista. Tal como nas equipas de futebol e como forma de unir o grupo, antes da subida ao palco, a Banda faz ‘o grito de guerra’ dizendo bem alto Jackpot.

O Grupo celebra este ano cinco anos de existência, os mesmos que tem o concurso do Euromilhões e daí resulta o nome escolhido. “Tudo começou com uma brincadeira, uma vez que os ensaios aconteciam à sexta-feira, no dia em que acontecia o sorteio, e nós perguntávamos há jackpot, e assim acabou por ficar o nome e penso que resultou”, explicou Diana Monteiro.

Para Pedro Monteiro, os jovens começaram a olhar para ‘os bailaricos’ de outra forma. “Pensavam que o baile era só para pessoas de idade e então foi-se perdendo esse interesse. Acredito que nós temos ajudado a inverter essa ideia, e uns jovens chamam outros, tornando-se uma bola de neve, que faz com que muita gente jovem esteja nos nossos espectáculos”, refere Pedro Monteiro.

Jovens trocam Lisboa pela Guarda

Diana e Pedro Monteiro são vocalistas no grupo de baile Jackpot e com eles em palco está também o pai, guitarrista na banda. Aliás, foi pela mão dele que os dois irmãos deram os primeiros passos na música e também na formação deste grupo de baile. “Em cima do palco dá-se um encontro de gerações”, explica Diana Monteiro que acrescenta “temos pessoas dos 27 aos 60”. Pode-se dizer que este é um projecto familiar, já que a mãe é quem tira as fotos que muitos dos fãs vêem no site. Para além dos laços de sangue, o grupo funciona, ele próprio, como uma grande família.

Recorde-se que Diana e Pedro fizeram parte de um duo musical, Poly-Star, para passados cinco anos criarem os Tabu, tendo chegado mesmo a gravar um CD. Por esta altura Pedro e Diana andavam por todos ao País e também pelo estrangeiro, onde havia comunidades de emigrantes portugueses. “Foi uma altura em que aprendemos muito, conhecemos muita gente, e podemos dizer que foi a nossa escola, mas também ajudou-nos a decidir o que queríamos para o futuro”, refere Pedro Monteiro.


Os cursos superiores, que ambos frequentavam, estavam a terminar e era altura de fazer “opção de vida”. Ambos concordaram em apostar nos cursos e fazer da música um hobby. Assim tem sido com o Jackpot e os dois dizem não estar arrependidos da escolha. “Sabemos o que é viver na capital e para ter uma carreira musical profissional teríamos de nos mudar para lá e nós gostamos muito da Guarda e somos mais felizes assim”, confessam. Ao contrário de muitos jovens, Diana e Pedro preferiram não deixar a Guarda, onde continuam a fazer o que mais gostam, a música’.

Espectáculos são reservados de ano para ano

Até ao final do ano o grupo Jackpot tem já os fins-de-semana todos ocupados. Durante os meses de Verão chegam a ter três a quatro actuações por semana, no resto do ano, a banda actua ao sábado. Conhecem o Distrito como ninguém, mas recordam que só nestes dois últimos anos, o concelho que consideram seu, o da Guarda, despertou para o fenómeno Jackpot. Embora gostando de actuar em todos os locais, Diana confessa ter um carinho especial pela Guarda, uma vez que é aqui que residem já há mais de uma década. Sobem ao palco seis músicos e duas bailarinas, mas a equipa é mais vasta, entre técnicos de som e luzes.

Apesar de esta actividade ser encarada por todos como um hobby, o trabalho é feito, segundo Pedro Monteiro, com muita exigência e profissionalismo.

Sobre o futuro, Diana Monteiro, lembra que ao longo da sua vida, sempre que um projecto faz cinco anos, algo muda, mas espera que com o Jackpot essa mudança signifique uma evolução maior e não o final do projecto. “O Grupo está de boa saúde e recomenda-se” afirma.
In Jornal nova guarda


Segue o Link abaixo para visualizar alguns videos:
http://www.youtube.com/user/jackpotodependente#p/a/u/1/h-ZpMyE0ZzY


Míscaros

Caros amigos(as).
Saberão V. Exas. o que é um míscaro? Com certeza que sim.
Curioso nome, não acham? E sabe bem dizer...Míscaro.
Divaguemos, então, sobre esta magnífica oferenda da Mãe Natureza.
Um míscaro é um cogumelo. Mas não é um cogumelo qualquer. Encontra-se nos pinhais frios e húmidos do interior norte português e nas matas arenosas do litoral.

Há quem atribua o nome de míscaro aos cogumelos brancos que usualmente encontramos nos supermercados. Mas o verdadeiro míscaro é amarelo e desponta qual ave recém-nascida do seu leito húmido, aconchegado por musgos verdes e caruma molhada. A racha que origina no solo o seu despontar é uma maravilha da natureza. É deveras espantosa a sensação de descoberta de um míscaro, o delicado desviar das folhas mortas, a raspagem da terra em seu redor, a introdução delicada do objecto pontiagudo evitando ferir o cogumelo. Deve-se escolher apenas os exemplares mais jovens pois os mais velhos são impróprios para o consumo. Alguns são venenosos, não se devendo por isso arriscar o seu consumo sem conhecimento prévio das suas características.


Hoje lembrei-me, com saudade, do tempo em que eu e os meus irmãos íamos aos pinhais, munidos duma pequena cesta e nos divertíamos nos pinhais à procura de pequenos cogumelos amarelos, conhecidos por míscaros.
Em jeito de competição, cada um de nós delimitava o espaço a explorar e revolvíamos a caruma que cobria o chão entre os pinheiros e era vê-los, quase sempre em pequenos magotes, a brotar da terra!!!
Com eles, a minha mãe preparava um óptimo guisado que era de comer e chorar por mais.

Míscaros à Moda da Beira Alta

Ingredientes:

2 kg de míscaros
1,5 dl de azeite
2 dentes de alho
sal
pimenta

Confecção:

Sacodem-se muito bem os míscaros, escolhem-se cuidadosamente e lavam-se muito bem.
A última água não deve ter qualquer vestígio de terra ou de areia.
Escorrem-se os míscaros e cortam-se ao meio.
Numa frigideira aquece-se o azeite e estala-se aí o alho.
Juntam-se os míscaros, temperam-se com sal e pimenta e deixam-se fritar lentamente até ficarem bem escuros, mas não secos.

Arroz de Míscaros

Ingredientes:

2 Kg de míscaros
1 Salpicão médio
400 g de arroz
50 g de margarina
4 dentes de alho
1 dl de azeite
1 l de água
1 cebola
1 cubo de caldo de galinha
Salsa picada, sal e pimenta q.b.

Preparação:
Comece por lavar muito bem os míscaros para lhes tirar toda a areia.
Num tacho de ferro ou de barro, coloque o azeite, a margarina e os alhos esmagados e deixe ao lume até estes estalarem. Junte a cebola picada e deixe cozer suavemente até esta estar macia. De seguida, adicione o salpicão cortado em cubos. Aumente um pouco o calor e deixe alourar bem a cebola. Introduza o arroz e os míscaros e vá mexendo para que o arroz absorva a gordura. Regue com a água a ferver e adicione o cubo de caldo de galinha. Tempere com pimenta e rectifique o sal.
No forno já quente, introduza o tacho e deixe cozer durante 15 minutos.
Findo este tempo, sirva polvilhando com salsa picada.



Cuidado com os cogumelos se não tens a certeza não os comas.

Frades ou Tortulhos

Viver no campo, perto da ruralidade, é simplesmente fabuloso, porque a natureza vai-nos compensando. O Outono é a estação dos cogumelos, e para quem os conhece, pode facilmente recolher uma bela entrada para o jantar.

Estes são conhecidos por "Frades", por se encontrarem aos pares, mas também são conhecidos por "Tortulhos", "Rocos", "Púcara", "Marifusas" etc. É um dos cogumelos mais recolhidos em Portugal, e deve-se à sua abundância e à facilidade no seu reconhecimento, o que faz com que muitas pessoas se fiquem pela recolha desta única espécie. Na apanha de cogumelos todo o cuidado é pouco, o erro na escolha pode ter consequências graves. Em caso de dúvida o melhor é não arriscar.

Estes "Frades" ou "Tortulhos" podem ser cozinhados de várias formas, mas o mais usual é grelhado nas brasas depois de serem temperados com um pouco de sal e um fio de azeite.

Experimentem que é muito bom!


Macrolepiota procera ou Lepiota procera, conhecido pelo vulgo por "Frade" e "tortulho" é o maior dos cogumelos comestíveis. Apresenta um pé alto cilíndrico e próximo do chapéu apresenta um anel bem destacado. O chapéu é largo com cerca de 30 cm de diâmetro, enquanto o pé atinge com frequência os 40 cm. Todo ele é de uma cor castanha suave, apresentando o chapéu umas protuberâncias de uma cor ligeiramente mais escura. Aparece a partir dos fins do Verão prolongando-se até ao Outono desde o Alentejo a Trás-os-Montes quer junto às giestas e tojos quer no meio das vinhas e soutos.

Arroz de tortulhos

Ingredientes:

tortulhos q.b.
2 col sopa de azeite
1 cebola
2 alhos
sal e pimenta q.b.
1 tomate ou polpa
arroz

Preparação:

Quando se apanham os tortulhos devem cortar-se aos pedaços retirando as partes que já não estão boas para comer, devem ficar como está na primeira imagem.
Lavam-se muito bem com água quente para retirar o resto de terra que ainda possam conter.
Só se lavam quando for para cozinhar.
Refogar a cebola e o alho em azeite.
Juntar o tomate e depois de tudo desfeito triturar caso se queira o molho mais lisinho.
Acrescentar os tortulhos.
Eles largam bastante água por isso convém deixar cozinhar um bocado.
Temperar de sal e pimenta.
Juntar a água necessária e quando esta levantar fervura acrescentar o arroz.
Pode-se comer assim apenas ou acompanhar com carne grelhada.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Setembro


Setembro é o nono mês do ano no calendário gregoriano, tendo a duração de 30 dias. Setembro deve o seu nome à palavra latina septem (sete), dado que era o sétimo mês do calendário romano, que começava em Março. Na Grécia Antiga, Setembro chamava-se Boedromion.

Em 22 ou 23 de Setembro, o Sol cruza o equador celeste rumo ao sul; é o equinócio de Setembro, começo do Outono no Hemisfério Norte e da primavera no Hemisfério Sul.

As Vindimas Estão Aí!....



É incrível como já passou um ano desde a última. As vindimas são uma tradição no nosso País e são celebradas um pouco por todo o lado, a nossa aldeia também não foge à tradição. O mês de Setembro anuncia a chegada das vindimas que são sempre vividas com muito trabalho mas também com sinais de festa e de confraternização. Por esta altura, as vinhas ficam cheias de gente que se ente entre ajudam na colheita das uvas. Mas a vindima não é apenas a colheita da uva. Tal como diz o provérbio, é até ao lavar dos cestos, e isso inclui levá-las até aos lagares para fazer o vinho.


Deixo aqui mais alguns provérbios e que têm relação com esta época.

PROVÉRBIOS LIGADOS AO VINHO

Ao teu amigo e ao teu vizinho o teu melhor pão e o melhor vinho.
Quem tem bom vinho tem bons amigos.
Vinho e amigo, o mais antigo.
Vinho e medo descobrem o segredo.
Vinho doce bebe-se como se nada fosse.
Se queres o velho menino, dá-lhe doce e vinho.
Quem na sopa deita vinho de velho se faz menino.
Antes da sopa, molha-se a boca.
Ao meio da sopa, lava-se a boca.
Sopa acabada, boca molhada.
Se queres andar bem-disposto, bebe vinho, mas não mosto.
Por cima de melão, vinho de tostão.
Por cima de pêras, vinho bebas e tanto bebas que nadem as pêras.
Ao figo água, à pêra vinho.
Pão com olhos, queijo sem olhos e vinho que salte aos olhos.
Nem vinho sem Cristo nascer nem laranja sem Cristo morrer.
Quem não gosta de vinho não gosta de Deus.
Quem vai à adega e não bebe é ronda que perde.
Meia vida é a candeia, e o vinho a outra meia.
Alho e vinho puro levam a porto seguro.
Alegrai-vos, tripas, que ai vem o vinho.
Nem Inverno sem capa nem Verão sem cabaça.
Nuns lados se põe o ramo e noutros se bebe o vinho.
Vinho e mouro são um tesouro.
O vinho de Março fica no regaço, o de Abril vai ao barril, o de Maio é para o Gaio.
Maio frio e Junho quente: bom pão e vinho valente.
Chuva por Santo Agostinho é como se chovesse vinho.
Chuva pelo S. João bebe o vinho e come o pão.
Até S. Pedro (29.6), tem o vinho medo.
Pelo S. Tiago, pinta o bago.
O S. Tiaguinho traz sempre o cabacinho.
Pelo S. Lourenço, vai à vinha e enche o lenço.
No dia de S. Martinho, fura-se o pipinho, mas quem for honrado já o deve ter furado.
Depois de S. Martinho, bebe o vinho e deixa a água para o moinho.
No dia de S. Martinho, assa as castanhas e molha-as com vinho.
Pelo S. Martinho, todo o mosto é bom vinho.
Leite e vinho fazem o velho menino.
Azeite de cima, vinho do meio, mel do fundo.
Vinho que baste, carne que farte.
Vinho pela cor, pão pelo sabor.
Mais pessoas se afogam no copo do que no mar.
Onde alhos há, vinho haverá.
Tonel mal lavado: vinho estragado.
Nunca ao bêbedo faltou vinho nem à fiadeira linho.
Bom vinho: má cabeça.
Conselho de vinho faz errar o caminho.
Foge do mau vizinho e do excesso de vinho.
Quem do vinho é amigo cedo está perdido.
Quem do vinho é amigo de si é inimigo.
Quem muito bebe tarde ou nunca paga o que deve.
Ninguém se embebeda com vinho da sua adega.
Quem de vinho fala sede tem.
Mel novo e vinho velho.



E eu uma vez mais como em anos transactos, também me vou ajuntar à Festa. Já tenho uns dias de Férias marcadas para o final de Setembro, para entre ajudar os familiares e amigos da aldeia.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Nova Fotogaleria.

A minha Terra

Uma terra maravilhosa
com alegria para dar e vender.
Estão sempre de braços abertos
para ouvir os desabafos de quem sofrer
por amor ou desgostos
de viver!

As couves e batatas,
tudo do melhor
mas o que me admira
são as pessoas, sem dor.

Porque mesmo com bons ou maus momentos
estão sempre ali,
para apoiar quem precisa.

E assim todos juntos,
vivemos felizes,
apoiando uns e outros
sem criar defuntos.